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Nívea Maria comemora 50 anos de carreira

Em Foz do Iguaçu, a atriz revê sua trajetória:“Sinto-me realizada por conseguir me manter por tantos anos nesta profissão tão cheia de altos e baixos”

CARAS Publicado em 05/11/2014, às 16h32 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A atriz celebra a vida e a trajetória em viagem à icônica Iguaçu - Caio Guimarães
A atriz celebra a vida e a trajetória em viagem à icônica Iguaçu - Caio Guimarães

Dona de vasta carreira profissional repleta de personagens marcantes e de grande sucesso, Nívea Maria (67) é considerada uma das damas da dramaturgia brasileira. Admirada e respeitada pelo público, diretores, autores e por colegas de profissão, a atriz comemora 50 anos de carreira cheia de energia para desenvolver novos projetos. “Sinto-me realizada por conseguir me manter por tantos anos nesta profissão tão cheia de altos e baixos e conquistar estabilidade, aceitação do meu trabalho e o respeito de todos”, afirma a atriz.

Em viagem a Foz do Iguaçu, no Paraná, Nívea, presença ininterrupta na televisão com inúmeros personagens que até hoje são lembrados e que encantou na Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, avalia sua trajetória e planeja retornar aos palcos em 2015 com A Última Sessão, peça em que reflete, ao lado de outros atores também experientes, a chegada da maturidade e os tabus da vida.

Qual o balanço que a senhora faz dos 50 anos de carreira?
Muito positivo em todos os sentidos, principalmente pelo respeito que sinto que as pessoas têm por mim. Sou uma vencedora, como profissional, mulher, ser humano, mãe, avó e pessoa pública. Sou feliz e realizada.

Quando iniciou na TV, aos 17 anos, imaginava prosseguir?
Não, estudava para o vestibular de Direito e na época fazia comerciais para a televisão. Nos primeiros trabalhos, não me sentia profissional. Só depois de quatro anos de carreira é que comecei a sentir que era disso que queria viver e a perceber a responsabilidade que tinha ao entrar na casa de milhões de pessoas.

Com tantos anos de profissão, o que ainda lhe encanta?
Esse frisson da criação e da descoberta dos personagens é muito interessante. Adoro mergulhar em comportamentos diferentes. Lamento que muitos autores e diretores não ofereçam para nós, atores mais velhos, personagens mais complexos. Eles não imaginam que mulheres e homens com mais de 60 anos tenham uma vida tão intensa quanto a de um jovem, com as mesmas aspirações. A cabeça não envelhece; o corpo, sim.

Lida bem com a idade?
Eu me sinto uma pessoa privilegiada, tenho genes muito bons. Também tenho uma cabeça saudável, já passei por depressão e problemas de saúde, mas estou bem. Meus três netos me deram uma revigorada, uma alegria de viver. Olhar para eles é ver a criança que tenho em mim.

Já fez plástica?
Fiz com 40 anos de idade, não por necessidade. Tinha emagrecido muito e um médico que tinha feito cirurgia em uma pessoa conhecida sugeriu tirar algumas marquinhas. Estava sem trabalhar e fiz, me serviu para hoje. Mas atualmente, não faria mais, pois não tenho esta preocupação. Quem acompanha a minha carreira sabe a minha idade. Não critico quem faz, mas tem que procurar um profissional consciente e avaliar a sua real necessidade, para não perder a essência do seu rosto, do corpo e de quem você é.

Por que sofreu depressão?
Sou uma pessoa com tendência a melancolia, mas positiva. Sou contemplativa, gosto de silêncio, de caminhar e observar a natureza. Apesar de falar muito, gosto de ter os meus momentos de reflexão, de pensar nas coisas que acontecem não só comigo, mas com os meus familiares e colegas.

Está solteira?
Tive três casamentos: com o Renato Master, depois com o Edson França, quando tive o Edson, de 47 anos, e a Viviane, de 44, e o último, o mais longo e feliz, com o Herval Rossano, que morreu em 2007 e me deu a Vanessa, de 34. Meus casamentos me completaram, não sinto falta. De repente, pode aparecer alguém encantador, mas não é meu foco.