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Nanda Costa: tour sentimental em Los Angeles

Atriz faz uma viagem sentimental inspirada na frase ‘mira no oscar’

CARAS Digital Publicado em 22/12/2015, às 09h40 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Nanda Costa em LA - Rogério Pallatta
Nanda Costa em LA - Rogério Pallatta

Em sua primeira visita a Los Angeles, um passeio pela Calçada da Fama e pelos estúdios da Warner Bros terminaram por inspirar Nanda Costa (29) a uma viagem sentimental. Em poucos segundos, levada pela emoção, ela voltou cerca de 20 anos no tempo à sua Paraty natal, histórica cidade no litoral fluminense. Foi lá que começou a ouvir uma frase que moldou sua vida para sempre, lembrada agora, enquanto conhecia grandes ícones de Hollywood: ‘Mira no Oscar’, dita pelo avô José Campos, morto em 2009. “Ele falava que eu precisava aprender a sonhar porque, quando o sonho é seu, ninguém tira de você”, conta Nanda, orgulhosa. “Sempre fui muito focada e determinada. Desde pequena já queria ser atriz. Tinha certeza de que iria acontecer. E hoje olho para trás e vejo que já fui protagonista de novela das 9, tive trabalhos reconhecidos no cinema, ganhei prêmios. Para uma menina de Paraty que queria ser atriz, realizei meu sonho em grande estilo”, celebra, referindo-se a trabalhos marcantes, como a Morena de Salve Jorge, os longas Sonhos Roubados e A Febre do Rato e a recém-encerrada série do GNT Romance Policial Espinosa, além de novos projetos, como o coletivo Batida Nacional. Nele, ao lado da percussionista Lan Lanh (47) e do DJ Deeplick (39), faz uma mistura de gêneros e ritmos brasileiros, incrementados pela música eletrônica, transformando o palco em uma grande festa unindo música, poesia, grafite, dança e teatro. “Me joguei sem medo, na coragem. Claro que minha profissão é atriz, mas brinco de cantar, funk, rap, Dolores Duran e também componho. Já está aberto esse caminho”, celebra.

– É difícil conquistar o sonho?
– A família nunca deixou de me incentivar, dar apoio, suporte e amor. E sempre fui muito batalhadora. Saí de casa muito cedo, com 14 anos, para morar com uma tia em São Paulo. Pouco depois ela faleceu, mas eu continuei. Passei por dificuldades, vivi em pensionato de freiras. Mas isso foi um diferencial. Via o sofrimento dos avós, da minha mãe, queria dar alegria a eles. Tudo foi me fortalecendo. Transformei minha dor em movimento, em amadurecimento.

– E agora vai mirar no Oscar, como queria seu avô?
– É simbólico. E já vivi muitas emoções pensando nele. Tinha 19 ou 20 anos, estava no Festival de Cinema do Rio, e lembro da Julia Lemmertz anunciar o prêmio de Melhor Atriz. Estava indicada. Na hora não deu nem frio na barriga. Quando ela falou que a decisão havia sido unânime, pensei: “pessoa sortuda. Não tive nem um voto.” E, de repente, ela me chamou, foi um susto. Meu avô tinha falecido há pouco tempo. E aquilo para mim foi um Oscar. Subi ao palco e agradeci a ele por todo amor, carinho, força, tudo que me fez acreditar. Me lembrei dele falando que eu precisava aprender a sonhar. E o filme se chamava Sonhos Roubados.

–  O Oscar pode virar sonho?
– Claro, quem não gostaria? Mas, mais do que isso, sonho com filmes em que possa falar “eu arrebentei”. É o mais importante.

– Você sempre se define focada e determinada. É um orgulho?
– Ah, eu tenho. Mas, ao mesmo tempo, não fico presa, não é ideia fixa. Se a vida mudar, me adapto bem também. Sempre pude viver da minha arte, é um mérito. Em vários momentos pensei em desistir, voltar a Paraty, mas continuei. É foco e determinação.

– Sua mãe e avó tinham medo de que não desse certo na vida...
– É verdade. Talvez fosse muito sonhadora. Sonhava com tanta força que elas temiam que, se não acontecesse, ficasse frustrada. Não tinha plano B. Mas esse medo nunca me abalou. Pelo contrário, encorajava mais. Quando falam duvido, aí é que vou atrás mesmo. Ah é, duvida? Vira estímulo.

– E qual o sonho agora?
– Sou aberta. Posso fazer outras séries, como Espinosa. Tenho contrato com a Globo. Já há um projeto encaminhado para o início do ano que vem. E em janeiro estreia o filme Apaixonados, em que faço uma porta­bandeira. E tenho o desejo de fazer mais teatro.

– Como é atuar de novelas globais a filmes alternativos?
– A  entrega é a mesma, busco sempre estar inteira e intensa. 

– Você já foi gordinha, está feliz com seu corpo hoje em dia?
–  É um trabalho cotidiano. E encontrei o mestre Jun Igarashi, que desenvolveu o método dele, híbrido. Sempre fui muito esportista, até na fase gordinha, na adolescência. Mas nunca gostei do clima de academia, de malhação. Hoje fico mal quando não faço aula com o Jun, uma espécie de circuito, tem de tudo, cardio, força, resistência, cada dia é diferente. As aulas são três vezes por semana, sem grandes loucuras. Além disso gosto de correr. Ele conseguiu mudar meu corpo e dei uma secada visivelmente. Com isso parei de me pesar. Parece que o peso é o mais importante, e não é. Fisicamente gosto de fazer tudo em função do personagem. Essa é minha vaidade maior.