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Marcelo Médici estreia ‘Cada Dois Com Seus Pobrema’ e faz sátira do mundo artístico

Ator fala sobre o retorno de Mãe Jatira, Sanderson e outros personagens de sucesso do primeiro espetáculo, que ficou em cartaz por 10 anos

Renan Botelho Publicado em 10/09/2014, às 14h08 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Marcelo Médici estreia ‘Cada Dois Com Seus Pobrema’ - Divulgação
Marcelo Médici estreia ‘Cada Dois Com Seus Pobrema’ - Divulgação

Após dez anos em cartaz com a comédia Cada Um Com Seus Pobrema, o ator Marcelo Médici cedeu ao apelo do público e estreia nesta quarta-feira, 10, no Teatro Frei Caneca, em São Paulo, uma nova versão do espetáculo. Batizada de Cada Dois Com Seus Pobrema, a peça conta também com a participação do ator Ricardo Rathsam, que dirigiu a primeira montagem.

A base do espetáculo é semelhante à primeira, quando um ator frustrado tentava encenar Hamlet sozinho e acabava abrindo espaço para uma série de personagens que conquistaram o público, como a vidente Mãe Jatira, o corinthiano Sanderson, a apresentadora Tia Penha e o último Mico Leão Dourado. Podem comemorar, pois todos eles estão de volta com novas histórias para arrancar gargalhadas da plateia.

“Como mantenho contato direto com o público por Facebook e Twitter, aos poucos fui percebendo quais os personagens que as pessoas gostariam de ver no novo espetáculo. Pedido feito, pedido atendido”, conta Marcelo à CARAS Digital. Em ‘Cada Dois’, Ricardo entra como um jornalista que teve uma infância traumática e vai investigar o que aconteceu com a Lídia Arósio, uma atriz de muito sucesso que abandonou a carreira. O nome, claro, faz referência às atrizes Lídia Brondi e Ana Paula Arósio. A história tem uma reviravolta e outros personagens vão aparecendo.

“Os personagens nasceram da necessidade dramatúrgica no espetáculo. Preciso de uma trama, pois não é um espetáculo de esquetes. Em nada que crio tenho uma inspiração única e direta. Sempre recorro à memória, fatos reais, pessoas reais e à observação. Todos os personagens nascem de tudo que já assisti em teatro, cinema, de tudo que presenciei e observei, de pessoas que conheci. Adiciono a isso uma boa dose de imaginação”, explica Marcelo.

Como já acontecia no primeiro espetáculo, ‘Cada Dois’ faz piadas com temas e notícias que marcaram a sociedade e ri do mundo artístico. O sucesso promete se repetir para a dupla, que já recebeu convites para levar a comédia para o cinema. “O que falta é tempo. Como me dedico ao teatro e à TV, preciso achar uma brecha. Espero que isso aconteça na hora certa”, diz Marcelo, que estará na novela Alto Astral, da Globo, e participa do Vai Que Cola, no Multishow.

Ator intimado

Ricardo Rathsam aparece nos créditos do espetáculo como ‘ator intimado’. “Médici quis que eu fizesse parte como ator, mas da mesma forma como quando ele me chamou para fazer a direção, relutei. Não queria mudar a fórmula que era o ator sozinho no palco. Mas o Marcelo bem esperto criou uma cena incrível e que era necessário ter dois atores em cena”, conta ele, que já contracenou com Marcelo na comédia Eu Era Tudo Para Ela e Ela Me Deixou, em 2012.

Apesar de ter sido bem sucedido na direção do primeiro espetáculo, Ricardo confessa que se sente mais seguro no palco. “Eu nunca quis ser diretor. Há 10 anos, quando o Médici me chamou pra essa função no ‘Cada Um’, tentei até convencê-lo a convidar um cara mais experiente. Mas o fato é que o Médici é o cara mais fácil para ser dirigido. Ele mesmo cria marcas incríveis, preenche todo o palco, o cara sabe tudo. E mesmo com todo o talento e conhecimento, ele sabia ouvir e nunca ia contra uma sugestão da direção. O que mais fiz naqueles ensaios foi assisti-lo e gargalhar”, lembra.

Quem assumiu a direção do ‘Cada Dois’ foi Paula Cohen, que trabalhou como assistente de Ricardo na primeira versão. “Por mais que entrar em cena em um grande teatro cause medo, o frio na barriga do ator costuma sumir assim que se pisa no palco. Já o diretor fica tenso a apresentação toda e só relaxa quando termina e o público aplaude”, diz.

Cada Dois Com Seus Pobrema ficará em cartaz até dia 26 de novembro, todas terças e quartas, às 21h no Teatro Frei Caneca, em São Paulo.