Atriz Drica Moraes falou sobre a trama da sua personagem na nova temporada da série 'Sob Pressão'
Felipe Gatto Publicado em 04/08/2021, às 16h50 - Atualizado às 17h29
Os dilemas e grandes desafios de uma talentosa equipe médica que atua dentro de um hospital de referência no Rio de Janeiro voltarão a emocionar o público de casa a partir do dia 12 de agosto, noite de estreia da quarta temporada de Sob Pressão.
Após viverem intensamente o cotidiano de uma pandemia dentro do centro médico de campanha, os personagens da série agora se dividirão entre os seus próprios dramas pessoais e a pressão da rotina de quem trabalha com a saúde pública no Brasil.
Na coletiva de imprensa da atração que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 4, atriz Drica Moraes (52) conversou com a CARAS Digital sobre a transformação da sua personagem na obra, e também explicou como aconteceram as gravações durante a pandemia da covid-19.
Nesses novos episódios, a doutora vivida pela artista, a Vera, precisará lidar com as intercorrências hospitalares, junto de um importante dilema pessoal: o vício do filho Leonardo (João Vitor Silva) em medicamentos controlados, usados indevidamente pelo rapaz para melhorar a concentração dele no vestibular.
"A história da Vera e do filho, isso me pertence, isso de ter um filho como protagonista da vida... Na ficção, o personagem do filho também é entorpecido, viciado. Isso apresenta outra perturbação. Ninguém escapa das drogas ou de algo que nos alivie, acalme ou tranquilize. A pauta das drogas não pode parar de ser discutida nunca, é uma pauta social que está aí. A bebida, o cigarro, a anfetamina, a gente vive se aliviando a base de uma droga. Esse é um assunto que virá através do filho da Vera", declarou.
"Além disso, ela terá um paralelo com a personagem Carolina (Marjorie Estiano), que também lidará com uma criança. Acho bonito o trilho do Sob Pressão, do pessoal sempre lutando com a sociedade. As pessoas não podendo viver as suas intimidades porque o mundo invade e atravessa, desnorteia, né. Foi uma caminhada bem bonita", adiantou a famosa.
Sobre os trabalhos que aconteceram durante a pandemia da covid-19, que na época da filmagem ainda mantinha um esquema de vacinação bastante reduzido, Drica afirmou que se sentiu segura para sair de casa.
"Foi um susto coletivo, essa 'coisa' de voltar para um set de gravação, encontrar muita gente...Mas eu me senti muito protegida por toda a estrutura, da testagem, protocolos, muito segura, a ponto de me sentir mais segura no trabalho do que em casa. Isso foi nos dando muita confiança na jornada, pois os meses foram se passando e não tivemos casos e baixas. Aquilo deu confiança de que era possível voltar mesmo sem a vacina, mas com muita paranoia em volta. Ainda estamos vivendo isso, do mistério desse vírus e do desgoverno. Mas é uma gratificação enorme poder terminar tão lindamente essa temporada", falou.
Esperançosa, a atriz garantiu que se sentirá mais feliz em gravar a quinta temporada, confirmada durante a coletiva de imprensa, com mais gente vacinada pelo pais. "Voltar a filmar com pessoas vacinadas dará um novo gás para a gente. Tem gente que não aguenta ver o Sob Pressão, pois escancara uma realidade muito diferente", opinou.
O escritor Lucas Paraizo, um dos responsáveis por Sob Pressão, comentou que a nova leva de episódios apostará no tom da esperança, apesar do drama que sempre permeia a história.
"Essa temporada já foi pensada há dois anos, quando ainda não existia a pandemia no mundo. Toda temporada da série a gente monta falando de dois pilares: um sobre saúde e outro sobre as questões pessoais dos personagens. Essa temporada traz a esperança, queríamos que a esperança fosse o motor dessa temporada. Esperança na vida, nos relacionamentos e na melhora da saúde pública no Brasil. Trazer os personagens transformados e transformando a vida de muita gente", adiantou ele.
Uma Coprodução da Globo e Conspiração, o seriado Sob Pressão é escrito por Lucas Paraizo, e conta com a direção artística de Andrucha Waddington e a direção deAndrucha, Mini Kerti, Rebeca Diniz, Julio Andrade e Pedro Waddington.
